O volume de armamento pesado vendido no período entre 2012 a 2016 é o maior desde a Guerra Fria, se comparado com qualquer período de cinco anos desde então, diz uma pesquisa do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri) publicada nesta segunda-feira (20).
O estudo demonstra ainda que houve um aumento no fluxo de armamento pesado na Ásia, Oceania e Oriente Médio, e uma diminuição do fluxo na Europa, Américas e África. As importações na Ásia e Oceania representaram 43% das importações globais entre 2012 e 2016.
No Oriente Médio, o aumento nas importações entre 2012 e 2016 (se comparado a 2007-2011) foi de 86%, e significou 29% das importações mundiais entre 2012-2016. A Arábia Saudita foi o país que mais importou nos últimos quatro anos, triplicando (212%) suas importações nesses anos, em comparação a 2007-2011. No Catar, o aumento foi de 245%.
“Nos últimos cinco anos, a maioria dos estados do Oriente Médio viraram-se primariamente aos Estados Unidos e à Europa na sua acelerada busca por capacidades militares avançadas”, disse o pesquisador Pieter Wezeman. “Apesar dos baixos preços no petróleo, os países da região continuaram a comprar mais armas em 2016, entendendo-as como ferramentas cruciais para tratar de conflitos e tensões regionais”, completou.
Líder global
A pesquisa demonstra também que os Estados Unidos foi o maior exportador de armas nos últimos cinco anos, contando com 1/3 das importações globais. As exportações do país tiveram um aumento de 21% em relação aos cinco anos anteriores, com quase metade delas destinadas ao Oriente Médio.
A Rússia, por sua vez, foi responsável por 23% das exportações globais.