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Governo pretende fazer “pente fino” em benefícios previdenciários, diz Padilha

“Temos milhões de pessoas que estão recebendo o benefício por mais de dois anos. Certamente, no mínimo, a metade está curada”, disse Eliseu Padilha.
por Ivan Richard | Agência Brasil
(Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O governo do presidente interino Michel Temer pretende fazer, até o fim do ano, um “pente fino” nos benefícios previdenciários, em especial, no auxílio-doença para identificar possíveis falhas. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, metade das pessoas que hoje recebem o auxilio provavelmente já poderiam ter retornado ao mercado de trabalho.

“O que estamos tratando é do governo real, que consiga enxergar tudo, e isso passa por cruzamento de dados”, explicou Padilha. “No que tange ao auxilio-doença, que é dado por 15 dias e depois prorrogado para 30 dias, temos milhões de pessoas que estão recebendo o benefício por mais de dois anos. Certamente, no mínimo, a metade, está curada”, acrescentou.

De acordo com o ministro, a iniciativa tem como objetivo aperfeiçoar a gestão do governo na concessão dos benefícios. “Temos que fazer cruzamentos e vamos verificar, não só nesse item, mas em outros de prestação continuada, em que não se fez a avaliação que deveria ser feita, o recadastramento, sabemos que podemos trabalhar internamente.”

“Vamos fazer mais com menos, porque vamos racionalizar a gestão”, disse Padilha. Segundo o ministro, com a gestão que será recuperada, para que não haja preocupação com o aumento do déficit fiscal previsto para este ano (R$ 170 bilhões), que foi “uma grande conquista”.

Padilha afirmou que levantamentos preliminares indicam falhas na concessão de benefícios previdenciários e que, por isso, será preciso promover uma “revisão” dos cadastros. “No que tange à Previdência Social, temos por amostragem, em todos o itens, indicadores de que devemos fazer uma revisão do cadastro, e teremos uma surpresa altamente positiva do governo. Estamos lutando por centavos e vamos ver bilhões sendo reconduzidos ao Tesouro Nacional.”

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