O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse nesta segunda-feira (1) que a acusação de que a Rússia estaria por trás do vazamento de cerca de 20 mil emails do Comitê Democrata pelo site Wikileaks “não tem nada de concreto” e que faz parte da “retórica pré-eleitoral” que busca demonizar o país.
“Neste caso, eles estão tentando camuflar parte de suas próprias tramoias demonizando a Rússia. Consideramos isso errado”, disse Peskov, referindo-se ao fato de alguns emails sugerirem um conluio dentro do Comitê Democrata para prejudicar o então pré-candidato à Presidência dos EUA, Bernie Sanders.
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A declaração ocorre depois da candidata democrata Hillary Clinton dizer, durante uma entrevista à Fox News, que serviços de inteligência russos estavam por trás do vazamento. “Nós sabemos que serviços de inteligência russos invadiram [os computadores da] Convenção Nacional Democrata e nós sabemos que eles arranjaram para que muitos destes emails fossem vazados, e nós sabemos que Donald Trump tem demonstrado uma preocupante boa vontade em apoiar Putin”, disse a candidata durante a entrevista.
O representante especial da presidência da Rússia para a Cooperação Internacional em Segurança da Informação, Andrei Krutskikh, disse por sua vez que “é um sinal de fraqueza chegar neste tipo de argumento”, lembrando que os EUA até o momento não apresentou nenhuma acusação oficial contra a Rússia: “Existe uma certa contradição, as acusações chegam de pessoas que lutam pela cadeira presidencial e os representantes oficiais da Casa Branca evitam comentar [o caso] ou o fazem de modo vago.”