O Secretário de Educação Pública do México, Aurelio Nuño, disse nesta terça-feira que o governo seguirá com a reforma educacional, independente da continuidade dos protestos contra a proposta por parte de professores ligados à Coordenação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE).
O anúncio é feito um dia após o presidente mexicano Enrique Peña Nieto ter suspendido o diálogo com os representantes da CNTE, em resposta à continuidade dos protestos e ao fato das aulas não terem sido retomadas nos estados de Oaxaca e Chiapas. “Não se pode fazer reféns as crianças e jovens do país a partir de nenhuma causa ou demanda”, disse Peña Nieto.
A reforma, iniciada em 2013 pelo presidente Peña Nieto, propõe a avaliação obrigatória de professores para que mantenham suas funções, com o objetivo de “melhorar a qualidade da educação”. A CNTE, no entanto, diz que a medida busca somente justificar demissões de professores. No ano passado, o governo desmantelou, como parte da reforma, o departamento de educação do estado de Oaxaca, controlado por membros do CNTE, e o reestruturou sob o controle do estado.
As manifestações da CNTE – uma frente dissidente que conta com 200 mil membros dos 1,3 milhões do Sindicato Nacional dos Professores – começaram meses atrás com pouco apoio, inclusive por parte de estudantes. O apoio aos professores cresceu, no entanto, depois de nove manifestantes morreram em decorrência da repressão policial em Nochixtlán, no dia 19 de junho.
*Com informações da Telesur