Um grupo de ativistas indígenas deteve na última terça-feira (22) o presidente panamenho Juan Carlos Varela por duas horas, em protesto contra um acordo que pode levar à construção de uma represa no rio Tabasara, na província de Chiriqui.
A construção da represa hidrelétrica de Barro Blanco foi paralisada no ano passado após protestos de grupos indígenas da região. O presidente Juan Carlos Varela iria fazer um discurso em que anunciaria a retomada do projeto após um acordo com lideranças indígenas quando um grupo de manifestantes começou a protestar, jogando pedras contra a polícia.
O serviço de segurança do presidente levou Varela e a representante indígena Silvia Carrera para uma escola, onde foram forçados a ficar por duas horas enquanto os manifestantes indígenas ameaçavam não deixá-los sair até que o acordo fosse cancelado. Os manifestantes, que fazem parte do movimento indígena dissidente Movimento 10 de Abril (M-10), negam que Carrera os representem, dizendo que ela “se vendeu ao governo”.
“Esse é só um incidente isolado promovido por uma dúzia de indígenas desrespeitosos que não representam a comunidade Ngabe Bugle”, disse o presidente, que afirmou também que o projeto da hidrelétrica, que é financiado por bancos europeus, será retomado em breve.
*Com informações de Telesur