Movimentos sociais, estudantis e coletivos iniciaram por volta das 17h30 uma manifestação no Largo da Batata, região oeste da capital, pedindo a saída do presidente da República Michel Temer. O protesto, convocado pela internet pela Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, também reivindica eleições diretas e a não retirada de direitos sociais e trabalhistas.
Esse é o quinto dia de manifestações contra o presidente Michel Temer em São Paulo desde oimpeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 31 de agosto. Todos os protestos foram encerrados com a ação da Polícia Militar, com exceção dos feitos ontem (7), quando não houve presença maciça de policiais.
Na manifestação de domingo (4), a Polícia Militar deteve 26 pessoas, sendo oito deles adolescentes. A detenção dos 18 adultos foi considerada ilegal pela Justiça e foram liberados. A apreensão dos adolescentes foi considerada irregular e todos foram soltos.
Entre os manifestantes há membros de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Coletivo Rua, Marcha Mundial das Mulheres e Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). “Fora Temer”, “Diretas Já” e “o povo tem que decidir” são as palavras de ordem mais gritadas pelos manifestantes.
“O objetivo da manifestação de hoje é permanecer resistindo contra o golpe e acumulando forças para as Diretas Já. É um esquenta para a grande manifestação do próximo domingo, que está sendo chamada para o Masp [Museu de Arte de São Paulo]”, disse Natália Szermeta, uma das coordenadoras da Frente Povo sem Medo.
A manifestação deverá sair em passeata do Largo da Batata pela Avenida Faria Lima, com destino ao bairro Alto de Pinheiros. Segundo os organizadores, o destino será a casa do presidente Michel Temer.
Hoje, no Largo da Batata, há presença expressiva da Polícia Militar, que estão com três carros blindados da Tropa de Choque, dezenas de viaturas e motos da polícia.