O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, renovou na última terça-feira a Lei de Comércio com o Inimigo, cujo objetivo é manter o bloqueio econômico contra Cuba.
Em uma mensagem enviada aos secretários de Estado e de Tesouro, Obama diz que sua decisão de prorrogar a lei até setembro de 2017 foi baseada no “interesse nacional” dos EUA. Com a decisão, fica ampliada a autoridade do presidente norte-americano no que se refere à administração do bloqueio, podendo aumentar as sanções ou flexibilizá-las. Somente o Congresso do país, no entanto, pode acabar com o bloqueio.
Criado em 1917, o estatuto foi usado em 1962 pelo então presidente John Kennedy para impôr o embargo econômico contra Havana. Atualmente, Cuba é o único país sancionado pela lei.
A renovação da lei é feita uma semana após o Ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, apresentar um balanço sobre os prejuízos causados à ilha pelo bloqueio. De acordo com esse levantamento, o bloqueio representou um prejuízo de 4,68 bilhões de dólares a Cuba em um ano (2015-2016). Ainda de acordo com Rodríguez, desde que o bloqueio foi imposto à ilha, o país perdeu 126 bilhões de dólares.