O bloqueio dos EUA contra Cuba é imoral, anti-ético, cruel e provoca danos humanos. A afirmação é da representante cubana no Conselho de Direitos Humanos da ONU, Anayansi Rodríguez, que durante o 33º período ordinário de sessões do orgão fez críticas ao bloqueio e ao tratamento da comunidade internacional no que se refere aos direitos humanos.
“O povo de Cuba persistirá em conquistar o direito de construir o sistema político que quiser, seguir seu caminho com autodeterminação, sem nenhuma intervenção ou ingerência”, disse Rodríguez nesta segunda-feira, após afirmar que o bloqueio econômico, comercial e financeiro é ilegal e constitui uma violação do Direito Internacional.
Rodríguez criticou também o que chamou de “dois pesos e duas medidas” no que se refere à posição da comunidade internacional em relação aos direitos humanos. “Esses países do norte industrializado que erroneamente pretendem se estabelecer como um paradigma na promoção e proteção dos direitos humanos são precisamente aqueles que ignoram as mais graves situações de direitos humanos, particularmente as cometidas por eles mesmo”, denunciou Rodríguez: “Como podem pensar que estão seriamente preocupados com as situações de direitos humanos nos países do sul, quando promovem guerras e intervenções contra eles e logo se esquecem do sofrimento que causam às populações cujos direitos humanos dizem querer proteger?”, questionou.
A denúncia contra o bloqueio é feita uma semana após a apresentação do informe anual do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba. De acordo com o informe, o bloqueio representou, entre 2015 e 2016, uma perda de 4,68 bilhões de dólares para a ilha. Nas últimas cinco décadas, o bloqueio representou um prejuízo 126 bilhões de dólares.
*Com informações de Prensa Latina