O Conselho Nacional Indígena (CNI) e o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) do México divulgaram no último sábado que disputarão, com uma candidata indígena, a presidência do México nas eleições de 2018.
“Nos declaramos em assembleia permanente e consultaremos em cada uma das regiões, territórios e campos, o acordo deste quinto Conselho Nacional Indígena para nomear um conselho indígena de governo cuja palavra será materializada por uma mulher indígena, delegada do CNI, como candidata independente que dispute em nome do Conselho Nacional Indígena e do Exército Zapatista de Libertação Nacional no processo eleitoral de 2018 para a presidência deste país”, diz um trecho do comunicado divulgado ao final do Congresso realizado em Chiapas. “É o tempo da dignidade rebelde, de construir uma nova nação por e para todas e todos, de fortalecer o poder de baixo e a esquerda anticapitalista.”
O comunicado denuncia também o crescimento da repressão contra os indígenas no país, que inclui despejos por parte de grandes companhias mineradoras, empresários e projetos do governo, e lembra que a luta das organizações “não é por poder”, mas que elas “farão um chamado a todos os povos originários e a sociedade civil a se organizar para deter essa destruição”.