A Câmara de Deputados da Argentina aprovou na madrugada desta quinta-feira (3) o projeto de orçamento do governo de Mauricio Macri para o ano de 2017, que estabelece cortes no investimento em áreas como Direitos Humanos, Ciências e Tecnologia e subsídios a serviços públicos.
A proposta, aprovada com o apoio dos partidos Justicialismo e Frente Renovadora após 13 horas de sessão, agora será encaminhada para o Senado, onde deve ser votada no próximo dia 20.
Estima-se que, caso o projeto seja aprovado no Senado, haja um corte de 10 a 15% nos investimentos em Ciência, Tecnologia e Direitos Humanos em 2017. Além disso, haverá uma redução de 30% nos subsídios aos serviços públicos, o que deve causar aumentos nos serviços públicos, que chegaram a subir 700% durante os primeiros meses do governo Macri.
“O que temos é uma verdadeira confissão de qual é a orientação econômica que o presidente Macri quer dar à Argentina: este é um orçamento de ajuste e unitário”, disse o deputado da Frente Pela Vitória, Axel Kicillof.
Atualmente, um em cada três argentinos (32,2%) vivem na pobreza, com 6,3% vivendo em estado de indigência, não tendo acesso a alimentos básicos para a sobrevivência, de acordo com pesquisa do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (INDEC).