A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) reprimiu violentamente, na tarde desta terça-feira (6), uma manifestação de servidores públicos contra o pacote de austeridade proposto pelo Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Homens da cavalaria, da tropa de choque e da Força Nacional, que reforçam o efetivo policial, atiraram dezenas de bombas de gás e efeito moral contra centenas de manifestantes que protestavam contra as medidas, que estão em votação, e que exigiam a entrada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Eles também dispararam tiros de bala de borracha contra os manifestantes, que formaram barricadas e revidaram com pedras e fogos de artifício. Alguns policiais chegaram a ocupar o segundo andar da Igreja Matriz de São José, que fica ao lado da Alerj, para disparar contra os manifestantes.
A Alerj vota, nesta tarde, os projetos que reduzem o salário do Governador e do vice-governador e a extinção de pastas da administração estadual.
Na próxima quinta-feira, os deputados estaduais devem votar dois PLs que limitam o subsídio do Bilhete Único Intermunicipal e acabam com a isenção de tarifa das barcas dos moradores de Ilha Grande e Paquetá.
Já para os dias 13, 14 e 15, está prevista a votação de projetos que extinguem os programas Renda Melhor e Renda Melhor Jovem, que visam combater a pobreza extrema no Estado, além de projetos que aumentam o pagamento de servidores para a previdência e que adiam para 2020 os aumentos salariais aprovados em 2014 para algumas categorias, que começariam a valer em 2017.
No caso do pacote de cortes avançar, o Movimento Unificado dos Servidores Estaduais (MUSPE) planeja organizar uma greve geral para os dias 14 e 15.