O governo dos Estados Unidos impôs nesta sexta-feira (3) uma série de sanções contra oito cidadãos iranianos e seis empresas sediadas no país em resposta à realização de um teste de um míssil balístico de médio alcance pelo país no último sábado, e em resposta a supostas ligações do governo do país com o partido libanês Hezbollah, considerado pelos EUA como uma organização terrorista desde 1997.
A medida, anunciada um dia após o presidente norte-americano Donald Trump ter declarado que o país estava “brincando com fogo” e que ele não seria “tão bondoso quanto Obama”, aplica sanções também contra três cidadãos chineses e dois árabes, três companhias libanesas, duas chinesas e uma sediada nos Emirados Árabes Unidos.
“As ações de hoje são parte dos esforços do Tesouro para fazer frente à atividade maligna do Irã pelo mundo”, disse o diretor da Secretaria de Controle de Recursos Estrangeiros do Departamento do Tesouro norte-americano, John E. Smith, dizendo ainda que “o contínuo apoio do Irã ao terrorismo e o desenvolvimento de seu programa de mísseis balísticos significa uma ameaça para a região, para nossos parceiros no mundo, e para os EUA”.
Na quinta-feira, o presidente norte-americano não descartou a possibilidade de usar meios militares contra o Irã, dizendo que “nada está fora da mesa”. A afirmação gerou uma resposta do Ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zariv, que disse que o Irã se mantinha imóvel frente às ameaças, e que “Nós nunca usaremos nossas armas contra ninguém, a não ser em defesa própria. Vejamos se algum daqueles que reclamam podem fazer a mesma declaração.”