Mais de 1100 pessoas, entre elas 591 menores de idade, ficaram sem moradia nos territórios ocupados da Palestina em razão das demolições levados a cabo pelo estado israelense em 2016, informou nesta semana a organização de direitos humanos B’Tselem.
No total, ao menos 347 residências foram demolidas por Israel em 2016, o maior número desde que a organização começou a documentar as ações contra os palestinos, em 2004. Destas, 274 foram demolidas na Cisjordânia, e as outras 73 no leste de Jerusalem. Outras quinze foram demolidas por seus donos, sob ordens da administração municipal.
“Apesar das diferenças entre a Área C e o leste de Jerusalem em termos de quais autoridades operam em determinada área e as leis aplicadas por Israel, a política que Israel segue nas duas regiões é similar, e pensadas para minimizar o quanto for possível o número de palestinos nas terras”, disse o grupo, afirmando ainda que “as autoridades cinicamente citam que as construções são ilegais como pretexto para as demolições, ao mesmo tempo que estas mesmas autoridades são aquelas que proíbem construções legais pelos palestinos”.
De acordo com a organização, o objetivo do estado israelense com as demolições, que “violam os mais fundamentais direitos humanos de dezenas de milhares de palestinos”, é impedir a construção de novas residências para forçar os palestinos a deixarem suas terras.