Uma corte chilena condenou nesta segunda-feira (27) onze agentes dos serviços de inteligência do país durante o regime de Augusto Pinochet pelo desaparecimento do casal de militantes Maria Alvarado Borgel e Martin Elgueta Pinto, em 1974.
Os ex-agentes Miguel Krassnoff Martchenko, Basclay Zapata Reyes e Risiere del Prado Altez España foram sentenciados a quinze anos de prisão; Cesar Manriquez Bravo, Nelson Paz Bustamante, Jose Yevenes Vergara e Osvaldo Pulgar Gallardo a dez anos; e Pedro Espinoza Bravo e Orlando Manzo Duran a sete anos. Sergio Castillo Gonzalez e Raul Iturriaga Neumann foram condenados a cinco e quatro anos, respectivamente, como cúmplices do crime.
Além das sentenças, o juiz Leopoldo Llanos ordenou o pagamento de cerca de 77 mil dólares a cada um dos cinco irmãos das vítimas, todos militantes do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR).
Maria Alvarado Borgel
Nascida em Santiago, em 20 de outubro de 1952, Maria Alvarado Borgel foi militante do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR), sendo detida em 1974, aos 21 anos, por agentes da Diretoria de Inteligência Nacional (DINA), órgão de repressão do governo Pinochet, e levada ao centro de torturas “Londres 38”, onde foi torturada.
Martin Elgueta Pinto
Martin nasceu no dia 1 de julho de 1974, sendo detido na mesma data de sua companheira, aproximadamente duas horas mais tarde. Também foi levado ao centro “Londres 38”, onde foi torturado, e, como Maria, desaparecido.