O presidente norte-americano Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (16) o cancelamento do processo de reaproximação entre os EUA e Cuba, iniciado pela administração Obama, limitando assim as viagens à ilha e proibindo relações comerciais entre empresas norte-americanas e o setor militar e de segurança cubano. “Em breve alcançaremos uma Cuba livre”, prometeu o presidente norte-americano, ao lado do vice-presidente Mike Pence e congressistas de origem cubana como Marco Rubio, Mario Diaz Balart e Carlos Curbelo.
“Tendo efeito imediato, estou cancelando o acordo completamente unilateral da última administração com Cuba”, disse Trump no bairro de Little Havana, polo de exilados cubanos em Miami, na Flórida. “Nossa política buscará um acordo muito melhor para o povo cubano e os EUA”, completou.
Trump declarou ainda que não acabará com as sanções contra Cuba “até que todos os presos políticos estejam livres, a liberdade de expressão e manifestação respeitadas, todos os partidos políticos estejam legalizados e eleições livres e assistidas internacionalmente sejam marcadas”, dizendo ainda que “nós desafiamos Cuba a trazer à mesa um novo acordo que seja pelo melhor interesse de seu povo, nosso povo, e também aos cubano-americanos”.
“Ideologia Depravada”
Trump agradeceu à comunidade de exilados e disse que eles fazem a diferença para acabar com a “ideologia depravada” que existe em Cuba. “Quando os cubanos realizarem medidas concretas, estaremos prontos, dispostos e capazes de voltar à mesa de negociação do acordo, que será muito melhor”, prometeu.