O Senado norte-americano votará nos próximos dias uma nova rodada de sanções contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), que impedirão que empresas que façam negócios com o país tenham acesso ao sistema financeiro norte-americano.
A proposta, dos senadores Chris Van Hollen (Democrata) e Patrick Toomey (Republicano), foi feita na última quarta-feira (12) com o objetivo formal de “conseguir uma Península Coreana livre de armas nucleares”, e é a última resposta dos Estados Unidos ao que a RPDC diz ter sido um teste de míssil balístico intercontinental (IBCM), capaz de atingir o Alasca, realizado na último dia 4. A Rússia e a Coreia do Sul, por outro lado, consideram que o míssil testado só tem alcance médio.
“A lei foi feita para oferecer aos bancos estrangeiros uma escolha rígida: continuar os negócios com a Coreia do Norte ou manter acesso ao sistema financeira dos EUA”, disse o senador Van Hollen. “Essa legislação preencherá uma importante lacuna em nosso atual regime de sanções contra a Coreia do Norte, ao ir atrás dos bancos estrangeiros e firmas que proveram apoio ilícito a Kim Jong-Un”, completou.
Durante uma apresentação da lei, Van Hollen declarou que as atuais sanções contra a RPDC, incluindo as sanções do Conselho de Segurança da ONU, não são suficientes, já que o país consegue evitá-las por “empresas de fachada, acordos e alianças.”
“A principal característica da lei é que ela impõe sanções secundárias a entidades financeiras que fazem negócios com o regime norte-coreano, e aquelas que evadem as sanções para ajudar o regime. A lei também visa forçar [o cumprimento] de leis internacionais já existentes, ao autorizar duras sanções contra países que continuam a permitir que a Coreia do Norte evite as sanções”, disse o senador.
*Com informações da RT