O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou neste sábado (5) novas sanções contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), que restringem as exportações de ferro, chumbo, carvão e produtos de pesca do país em até 1 bilhão de dólares.
As sanções foram aprovadas unanimemente por todos os 15 países-membro do Conselho de Segurança. Além das restrições às exportações, as sanções, propostas pelos EUA, também proíbem o aumento de trabalhadores norte-coreanos trabalhando em outros países, além de investimentos conjuntos entre o país e outros estados.
De acordo com a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, as sanções significam que Washington “está tomando e continuará a tomar medidas defensivas prudentes para proteger nossos aliados e nós.” Haley também solicitou aos outros países da organização que tomem “mais ações” contra o país.
Apesar do texto declarar a necessidade da retomada das negociações entre China, RPDC, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos, que de acordo com o documento vão no sentido da “desnuclearização da península coreana de maneira pacífica”, os diplomatas norte-americanos reforçaram que o texto aprovado trata do mais duro pacote de sanções aplicado contra qualquer país.
O representante russo na organização, Vasily Nebenzya, fez um chamado para que Pyongyang acabe com seu programa nuclear e de mísseis balísticos, retornando ao regime de não-proliferação. Por outro lado, criticou as ofensivas norte-americanas na região, dizendo que a RPDC vê o envio de militares e armas às suas fronteiras como uma “ameaça direta à sua segurança nacional.”
A China, por sua vez, solicitou mais uma vez a retirada do sistema anti-mísseis THAAD da Coreia do Sul. “O envio do sistema THAAD não trará nenhuma solução para a questão dos testes nucleares e de mísseis”, disse o embaixador chinês Liu Jieyi.