Tanques, aviões e centenas de milhares de soldados e civis foram mobilizados na Venezuela neste sábado (26), durante o Exercício Soberania Bolivariana 2017, realizado neste final de semana em resposta às ameaças e sanções do presidente norte-americano Donald Trump contra o país.
O exercício, que conta com a participação de mais de 900 mil tropas – das quais 200 mil integram a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), e 700 mil a organização cívico-militar Milícia Nacional Bolivariana -, havia sido convocado pelo presidente Nicolás Maduro há duas semanas, após o presidente norte-americano Donald Trump falar de uma eventual “intervenção” na Venezuela, e se estenderá durante o domingo.
De acordo com o Ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, no sábado foram realizados exercícios de tiro com o Exército, a Armada, a Guarda Nacional e a Milícia Bolivariana, e neste domingo se realizarão manobras de combate. “Este exercício se iniciou, mas não tem fim […] que isso fique claro para qualquer loucura de qualquer império, este é um exercício que chegou para ficar”, disse o ministro.
Sanções e ameaças
Os exercícios ocorrem após a publicação de um decreto na sexta-feira (25), por parte de Donald Trump, que proíbe cidadãos e empresas norte-americanas de negociarem títulos de dívida emitidos pelo governo da Venezuela ou pela estatal petrolífera PDVSA. “As sanções financeiras são a pior agressão contra a Venezuela nos últimos 200 anos”, disse o Ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza. No dia 11 de agosto, o mandatário estado-unidense havia declarado que analisava uma “opção militar” para lidar com a crise na Venezuela.