Pesquisar
,

Governo de Peña Nieto registra cifra recorde de 100 mil homicídios no México

Os números sangrentos do presidente do México ultrapassam até mesmo os de seu predecessor Felipe Calderón, que declarou a “guerra” contra o tráfico.
por Resumen Latinoamericano – Tradução de Gabriel Deslandes
(Foto: Policia Federal México)

O quinto ano da administração de Enrique Peña Nieto terminará como um dos mais violentos e inseguros da história mexicana contemporânea. Desde a extradição do narcotraficante Joaquín Guzmán, “El Chapo”, a atomização do cartel de Sinaloa e a expansão do cartel Jalisco Nueva Generación, as atividades criminosas se espalharam por toda a República mexicana.

O semanário ZETA, o único meio de informação no México que mantém uma contabilização apurada dos assassinatos no país, informa que, de 1º de dezembro de 2012 – quando Peña tomou posse como presidente – até 31 de julho de 2017, foram cometidos 104.602 homicídios dolosos. Um a cada quatro homicídios registrados no México nos últimos 27 anos foi cometido durante o governo de Enrique Peña Nieto.

Seus números sangrentos ultrapassam até mesmo os de seu predecessor Felipe Calderón Hinojosa, que declarou a “guerra” contra o tráfico de drogas, despertando aos milhares as ações dos assassinos empregados por grupos criminosos no país.

Milhares de famílias despedaçadas por homicídios, órfãos, esposas ou mães, rostos e nomes apagados das grandes cifras totais: 104.602 homicídios dolosos registrados desde que o priista assumiu a Presidência da República em dezembro de 2012 até 31 de julho de 2017.

Os assassinatos durante a era peñanietista representam 25% do total de homicídios registrados de 1990 a 2016, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi). O número, em si mesmo aterrorizante, assusta muito mais caso comparado ao do primeiro ano em que Calderón abriu fogo contra os cartéis de drogas. Ou seja, mais de 16 mil homicídios nos primeiros sete meses de 2017 são praticamente o dobro do que o governo documentou em 2007 (8.867).

Continue lendo

genocidio
O genocídio prossegue
equador
Equador: é possível vencer uma eleição sendo um inútil?
siria (1)
A queda do governo Assad na Síria

Leia também

sao paulo
Eleições em São Paulo: o xadrez e o carteado
rsz_pablo-marcal
Pablo Marçal: não se deve subestimar o candidato coach
1-CAPA
Dando de comer: como a China venceu a miséria e eleva o padrão de vida dos pobres
rsz_escrita
No papel: o futuro da escrita à mão na educação
bolivia
Bolívia e o golpismo como espetáculo
rsz_1jodi_dean
Jodi Dean: “a Palestina é o cerne da luta contra o imperialismo em todo o mundo”
forcas armadas
As Forças Armadas contra o Brasil negro [parte 1]
PT
O esforço de Lula é inútil: o sonho das classes dominantes é destruir o PT
ratzel_geopolitica
Ratzel e o embrião da geopolítica: os anos iniciais
almir guineto
78 anos de Almir Guineto, rei e herói do pagode popular