A Força Comum Revolucionária Alternativa (FARC-EP), partido surgido da organização guerrilheira de mesma sigla após os acordos de paz na Colômbia, denunciou na última terça-feira (16) o assassinato de dois de seus ex-combatentes no estado de Antiquoa, e fez um chamado às autoridades do país para que “não se repita um genocídio político como o ocorrido com a União Patriótica”, em referência ao assassinato de mais de 5 mil militantes do partido na década de 80.
De acordo com o comunicado divulgado pela organização, os militantes Wilmar Asprilla e Ángel de Jesús Montoya se encontravam no município de Peque para realizar um encontro no sentido de impulsionar a campanha do candidato à Câmara de Representantes do estado Wilman de Jesús Cartagena Durango. “A comunidade denuncia que às 11 da noite se escutaram vários disparos em um estacionamento, e quando a polícia chegou ao lugar, encontrou sem vida os dois combatentes”, diz o comunicado.
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A FARC-EP denuncia que os ex-combatentes “têm sido objeto da constante perseguição por parte de atores armados que buscam desestabilizar a implementação dos acordos de paz e gerar medo.” Mais de 30 ex-combatentes da organização guerrilheira já foram mortos.
A Missão de Verificação da Organização das Nações Unidas também condenou os assassinatos desta semana, dizendo que constituem “o primeiro atentado mortal no marco do processo eleitoral de 2018.”
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