O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou na quarta-feira passada (7) os dados de outubro da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA). O custo da cesta básica teve alta em 16 das 18 capitais pesquisadas.
As maiores altas foram registradas em Fortaleza (7,15%), Porto Alegre (6,35%), Vitória (6,08%) e Rio de Janeiro (6,02%). Houve retrações em Recife (-0,77%) e Natal (-0,12%).
O preço do conjunto de alimentos essenciais mais alto foi registrado em Florianópolis (R$ 450,35), Porto Alegre (R$ 449,89), São Paulo (R$ 446,02) e Rio de Janeiro (R$ 443,69). As menores médias foram observadas em Natal (R$ 329,90) e Recife (R$ 330,20).
Durante o ano, 14 capitais tiveram altas acumuladas, entre as quais Vitória (8,96%), Curitiba (8,40%) e Campo Grande (8,34%); outras quatro mostraram queda: Goiânia (-0,83%), Recife (-0,59%), Natal (-0,39%) e São Luís (-0,23%).
O levantamento realizado pelo DIEESE também estimou o salário mínimo necessário, levando em consideração a determinante estabelecida na Constituição Federal na qual estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em outubro de 2018, o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas deveria corresponder a R$ 3.789,39 — 3,97 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00. Em setembro, havia sido estabelecido em R$ 3.658,39, ou 3,83 vezes o piso mínimo do país. Em outubro de 2017, o mínimo necessário era proporcional a R$ 3.754,16 — 4,01 vezes o salário mínimo nacional daquele ano, correspondente a R$ 937,00.
Ao se comparar o custo da cesta e o salário mínimo líquido, após os descontos referentes à Previdência Social, é possível verificar que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro, 43,73% do salário mínimo líquido para adquirir os mesmos produtos que, em setembro, demandavam 42,29% e, em outubro de 2017, 42,91%.