Cuba, um país de onze milhões de habitantes, está submetido há mais de seis décadas a um embargo ilegal por parte do governo dos Estados Unidos.
Apesar deste embargo, o povo cubano foi capaz de superar as indignidades da fome, da falta de saúde e do analfabetismo, as três pragas sociais que seguem afetando grande parte do mundo.
Graças às suas inovações na prestação de serviços médicos, por exemplo, Cuba pôde enviar seus trabalhadores de saúde a outros países, inclusive durante a pandemia, para prestar uma ajuda vital. Cuba exporta trabalhadores de saúde, não terrorismo.
Nos últimos dias da administração Trump, o governo estadunidense voltou a incluir Cuba na sua lista de Estados patrocinadores do terrorismo. Este foi um ato de vingança. Trump disse que isso foi feito porque Cuba acolheu grupos guerrilheiros da Colômbia, o que na realidade era parte do papel de Cuba como anfitriã das conversas de paz.
Cuba desempenhou um papel chave para conquistar a paz na Colômbia, um país assolado por uma terrível guerra civil que, desde 1948, tomou a vida de centenas de milhares de pessoas. Durante dois anos, a administração Biden tem mantido a política vingativa de Trump que castiga Cuba não pelo terrorismo, mas sim por promover a paz.
Leia também – O bloqueio dos EUA a Cuba prejudica pacientes de ambos os países
Biden pode, em uma canetada, eliminar Cuba desta lista. É assim tão simples. Quando era candidato à presidência, disse que reverteria as sanções mais duras de Trump.
Mas não o fez. É o momento de fazê-lo.