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Em São Paulo, Dia do Estudante é comemorado às cacetadas

A serpentina, biribinha e seringa d’água foram substituídas, no entanto, pelo cassetete, a bomba de efeito moral e o spray de pimenta.
por Pedro Marin | Revista Opera
(Foto: Marcelo Rocha / Mídia NINJA)

Em 11 de agosto de 1927, durante comemorações por ocasião do centenário da criação das duas primeiras universidades no Brasil – a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, e a Faculdade de Direito de Olinda – o advogado Celso Gand Ley sugeriu que na data fosse comemorado também o Dia do Estudante, dada a importância das faculdades na educação brasileira.

A sugestão de Gand Ley foi acatada, e, desde então, comemora-se o Dia do Estudante no dia 11 de agosto.

Mas este ano não estava para festa. Estudantes do Brasil inteiro fizeram manifestações reivindicando melhorias na educação pública, contra o projeto “Escola Sem Partido” e, em São Paulo, contra os ladrões da merenda – pauta que tem especial importância, considerando que no início desta semana a CPI da Merenda, que investigaria desvios de recursos na merenda dos estudantes de escolas públicas em São Paulo, foi encerrada por falta de quórum (isso, é claro, depois de estudantes terem sido barrados de entrar na Assembleia Legislativa).

A Polícia Militar do Governador Geraldo Alckmin decidiu comemorar junto aos estudantes. A serpentina, a biribinha e a seringa d’água foram substituídas, no entanto, pelo cassetete, a bomba de efeito moral e o spray de pimenta. Um vídeo da Mídia Ninja mostra um dos casos:

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