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63% apoiam saída de Temer por eleições diretas, diz Datafolha

40% consideram ainda que a gestão Temer é pior do que a de Dilma Roussef, 34% a consideram igual e 21% achar o governo Temer melhor.
por Pedro Marin | Revista Opera*
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, José Serra, e o presidente interino Michel Temer participam de cerimônia de entrega de credenciais a embaixadores estrangeiros, residentes em Brasília (Wilson Dias/Agência Brasil)

63% dos brasileiros apoiam a renúncia do presidente Michel Temer ainda neste ano, para que hajam eleições diretas. O número foi divulgado neste domingo (11) pelo Datafolha, após levantamento com mais de 2 mil pessoas realizado nos dias 7 e 8 de dezembro.

Para que hajam novas eleições diretas, Temer teria de renunciar até o dia 31 de dezembro – após a data, a escolha de seu sucessor seria feita de forma indireta, pelo Congresso Nacional.

Ainda de acordo com a pesquisa, a popularidade de Temer despencou desde julho, quando 31% consideravam sua gestão péssima ou ruim. Atualmente, 51% desaprovam seu governo, e 34% o consideram regular – no levantamento anterior, o número era de 42%.

40% consideram ainda que a gestão Temer é pior do que a de Dilma Roussef, 34% a consideram igual e 21% dizem achar o governo Temer melhor.

No que se refere à economia, 65% consideram que a situação econômica do país piorou, 25% dizem que se manteve como estava e 9% disseram que houve melhora. 66% consideram que a inflação aumentará, e 67% acreditam que o desemprego irá crescer.

Crise

A má avaliação do governo e o pessimismo em relação à economia ocorrem em meio a uma forte crise política no governo. Desde que assumiu, há pouco mais de cem dias, seis ministros de seu governo caíram, quatro deles em decorrência da Operação Lava Jato.

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O levantamento foi realizado antes do ex-vice-presidente de Relações Internacionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, ter feito uma delação premiada na qual denuncia a participação do presidente em um esquema de caixa-dois para as campanhas do PMDB. Outros envolvidos, de acordo com Cláudio, foram o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o assessor especial de Michel Temer, José Yunes.

*Com informações da Folha

 

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