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Venezuela: Maduro denuncia plano da Casa Branca para assassiná-lo

De acordo com Maduro, mercenários estariam sendo treinados na Colômbia. As afirmações ocorrem após bombardeiros russos aterrissarem na Venezuela.
por Bruno Antonio | Revista Opera
(Foto: Eneas De Troya)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quarta-feira (12), no palácio do governo, que o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, tem um plano para assassiná-lo e impor uma ditadura no país.

“Venho denunciar a conspiração que a Casa Branca prepara para violar a democracia venezuelana, para me assassinar e para impor um governo ditatorial na Venezuela”, afirmou.

Maduro também sustentou que o presidente colombiano, Ivan Duque, é cúmplice do plano norte-americano. Disse ainda que “734 mercenários paramilitares entre venezuelanos e colombianos estavam sendo treinados no município de Santander, Colômbia, para preparar uma ação falso-positiva contra a Venezuela, usando roupas militares das Forças Armadas nacionais”.

Entre as bases que estariam treinando mercenários para atacar a Venezuela estão a Base Aérea Eglin, na Flórida, e a Base Aérea de Tolemaida, na Colômbia. Os objetivos seriam as bases de Palo Negro, Puerto Cabello e Barcelona, na Venezuela.

“O senhor John Bolton foi encarregado, mais uma vez, como chefe de um plano para encher a Venezuela de violência e para buscar uma intervenção militar estrangeira”, disse Maduro.

O líder bolivariano ainda classificou de “louco” o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, que mencionou em uma entrevista recente à Folha de S. Paulo uma possibilidade de uma intervenção da ONU em caso de uma “guerra civil violenta”.

O presidente da Venezuela afirmou ainda que ninguém no Brasil deseja uma aventura militar contra o povo de seu país, mas alertou que o povo venezuelano está preparado para defender sua pátria e sua gente.

Maduro fez essas denúncias dias após bombardeiros russos aterrissarem na Venezuela para realizarem exercícios militares, o que desencadeou uma discussão acalorada entre Washington e Moscou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no ano passado que uma “opção militar” estava sobre a mesa com relação à Venezuela, coadunando com as denúncias recentes de Nicolás Maduro.

John Bolton é um notável rival dos governos progressistas na América Latina e anunciou que tem como objetivo combater Cuba, Nicarágua e a Venezuela.

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