A ONG Anistia Internacional publicou nesta terça-feira (5) um relatório no qual denuncia violações de direitos humanos por parte de grupos rebeldes que se opõe ao governo do Presidente sírio Bashar al-Assad.
De acordo com o relatório, entitulado “A tortura foi minha punição”, grupos rebeldes que dominam cidades como Aleppo e Idlib têm perpetrado crimes como sequestro, tortura e execuções sumárias.
“Alguns desses grupos, compostos majoritariamente por cidadãos sírios, ganharam controle de grandes áreas na cidade de Aleppo e Idlib, além de outras áreas ao redor, entre os anos de 2012 e 2015, e continuam no poder lá até hoje com o apoio de governos [de países] como Catar, Arábia Saudita, Turquia e EUA”, diz o documento.
No relatório foram analisadas ações de grupos como a Frente al-Sham, Movimento Nour al-Din al-Zenki, Divisão 16 do Exército Livre da Síria, Frente al-Nusra e Movimento Ahrar al-Sham.
“Este relatório expõe a agoniante realidade dos civis que vivem sob o controle de alguns dos grupos armados de oposição em Aleppo, Idlib e outras áreas. Muitos civis vivem em medo constante de serem sequestrados se criticarem a conduta dos grupos armados ou se falharem em acatar as rigorosas regras que eles impuseram”, disse o diretor do programa da Anistia Internacional para o Oriente Médio e Norte da África, Philip Luther, acrescentando que “em Aleppo e Idlib hoje os grupos armados são livres para cometer crimes de guerra e violações da lei humanitária internacional com impunidade.”