Cinco policiais foram mortos e seis outros ficaram feridos na noite da última quinta-feira (7), após serem baleados por atiradores ainda não-identificados durante uma manifestação na cidade de Dallas, no estado norte-americano do Texas.
A manifestação ocorria em resposta à morte de Philando Castile e Alton Sterling, dois homens negros baleados pela polícia nesta semana nos estados de Minnesota e Louisiana, e se aproximava do seu fim no momento em que os primeiros tiros foram disparados.
Até o momento não se sabe quem foram os responsáveis pelo tiroteio em Dallas, nem seus motivos. Três pessoas foram detidas e, de acordo com o Departamento de Polícia da cidade, se recusaram a cooperar. Havia ainda um atirador em um estacionamento, que trocou tiros com a polícia durante vários minutos. O homem havia dito que colocou bombas em diversos pontos da cidade, mas a polícia disse que, depois de duas buscas, nenhuma bomba foi encontrada. Ele acabou morto.
Philando Castile
Philando Castile, de 32 anos, foi morto na última quarta-feira (6) durante uma blitz policial na cidade de Falcon Heights, no Minnesota. Ele era funcionário em um refeitório escolar. De acordo com sua esposa, Lavish Reynolds – que o acompanhava no momento em que foi baleado, – ele havia informado o policial que tinha uma arma legal no carro. De acordo com Lavish, Philando Castile foi baleado ao abrir um dos compartimentos do carro para pegar sua carta de motorista, após o policial ter solicitado.
“Esses policiais não estão aqui para nos servir e proteger. Eles estão aqui para nos assassinar, estão aqui para nos matar porque somos negros”, disse Lavish.
Alton Sterling
Alton Sterling, de 37 anos, foi morto um dia antes, na terça-feira (5), na cidade de Baton Rouge, no estado de Louisiana. Em um vídeo publicado na internet, Alton parece estar imobilizado por dois policiais no momento em que é baleado. Um dos policiais havia gritado que Alton tinha uma arma momentos antes de seu parceiro atirar várias vezes.
*Última atualização às 08:05