Sete oficiais chilenos foram libertados na última terça-feira (12), cinco dias após terem sido sentenciados à prisão pelo envolvimento na morte de 15 pessoas durante o governo Pinochet.
O Programa de Direitos Humanos, ligado ao Ministério do Interior do Chile, responsável pelo processo contra os oficiais, criticou a soltura. A Operação Caravana da Morte foi responsável pela morte e desaparecimento de pelo menos 100 presos políticos, e foi lançada um mês depois do golpe militar que levou Pinochet à presidência do Chile.
Entre os oficiais figura Juan Emilio Cheyre, ex-comandante durante o governo de Augusto Pinochet, que foi libertado sob uma fiança de 1 milhão de pesos (cerca de 5 mil reais), após seu advogado argumentar que Juan não representa um perigo à sociedade, e que sofre de problemas de saúde.
Cheyre foi comandante do 4º Regimento de Infantaria e chefe da região de Atacama durante a ditadura Pinochet, e foi nomeado comandante-chefe do exército chileno em 2002, função que desempenhou até 2006. Em 2013, foi nomeado presidente do órgão eleitoral do país – função a qual renunciou na última quarta-feira.
O ex-comandante é acusado por organizações de familiares de ter participação na prisão cerca de 80 mil pessoas, na tortura de 30 mil e no assassinato de 3,2 mil.