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Milwaukee, nos EUA, enfrenta segunda noite de protestos após morte de jovem negro

Milwaukee tem um histórico de tensão racial muito alta. De acordo com um relatório oficial, ela é a cidade mais segregada de todo o país.
por Pedro Marin | Revista Opera
(Foto: AP Photo/ Jeffrey Phelps)

A cidade de Milwaukee, no estado de Wisconsin, nos EUA, enfrentou no último domingo (14) a segunda noite consecutiva de protestos, após o jovem negro Sylville Smith, de 23 anos, ter sido baleado e morto por um policial negro no sábado.

Diversas prisões ocorreram durante os protestos na noite deste domingo, após o governador do Wisconsin solicitar o apoio da Guarda Nacional para conter as manifestações, e um policial foi hospitalizado depois de ser atingido por uma pedra. Além disso, uma pessoa foi baleada, e diversas lojas e carros foram incendiados.

De acordo com a polícia, Smith estava armado quando tentou fugir de uma blitz na tarde de sábado, e foi baleado por não seguir as ordens dos policiais, que pediam que soltasse sua arma. A polícia não informou, no entanto, se ele apontava a arma contra os policiais ou se havia disparado quando foi baleado.

“Eles deveriam ter usado uma arma de choque, se fosse o caso”, disse a irmã de Smith, Kimberly Neal.

Milwaukee

Os conflitos ocorrem em uma cidade com um histórico de tensão racial muito alta. De acordo com um relatório da administração municipal de Milwaukee, a cidade é a mais segregada de todo o país.

“O que aconteceu pode não ter sido certo, e eu não estou justificando isso, mas ninguém pode negar o fato de que existem problemas, problemas raciais em Milwaukee, Wisconsin, que precisam ser revistos”, disse o oficial da cidade Alderman Khalif Rainey. “Essa comunidade de Milwaukee, Wisconsin, se tornou o pior lugar para se viver para os afro-americanos no país inteiro.”

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