Professores ligados à Coordenação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE) no Estado mexicano de Oaxaca votaram nesta semana por voltar às aulas de aula sob a condição de que o governo do presidente Enrique Peña Nieto retome as negociações com o sindicato.
Isabel Garcia Velasco, membra da Comissão Política Local da CNTE, disse no entanto que somente 70% dos professores voltarão às suas funções, com os 30% restantes permanecendo em greve. “Nós aprendemos a nos reagrupar nesses intensos 111 dias de luta e agora, com o apoio dos pais, nós decidimos começar o período [de aulas], mas se não houverem respostas claras, nós voltaremos mais fortes que antes do fim de 2016”, disse Velasco.
O anúncio é feito duas semanas após o governo ter suspendido o diálogo com os professores grevistas.
Os professores ligados à CNTE – uma frente dissidente que conta com 200 mil membros dos 1,3 milhões do Sindicato Nacional dos Professores – estão mobilizados há mais de três meses contra a reforma educacional iniciada em 2013 pelo presidente Peña Nieto, que propõe a avaliação obrigatória de professores para que mantenham suas funções, com o objetivo de “melhorar a qualidade da educação”.
A CNTE, no entanto, diz que a medida busca somente justificar demissões de professores. No ano passado, o governo desmantelou, como parte da reforma, o departamento de educação do estado de Oaxaca, controlado por membros do CNTE, e o reestruturou sob o controle do estado.
*Com informações da Telesur