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Governo autoriza envio de tropas da Força Nacional ao Espírito Santo em meio a onda de violência

A onda de violência no Espírito Santo ocorre em meio a uma greve dos policiais militares do estado, que pedem melhores condições e aumento salarial.
por Pedro Marin | Revista Opera
Familiares de policiais militares do Espírito Santo bloqueiam entrada de batalhão militar. (Foto: Associação Geral dos Militares do Estado do Espírito Santo)

O Governo Federal autorizou nesta segunda-feira (6) o uso de tropas da Força Nacional de Segurança no Espírito Santo, para conter a onda de violência por qual passa o estado, em meio a uma greve de policiais militares iniciada no último sábado (4). Ao menos 200 soldados deverão chegar à capital Vitória na noite de hoje.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES), que apoia o movimento dos policiais militares, ao menos 51 pessoas foram assassinadas no sábado. No domingo, dois ônibus foram queimados, e diversas cidades têm passado por saques. A onda de violência levou à suspensão das aulas em várias das cidades do estado.

“O discurso de terra arrasada e de crise não pode ser usado como instrumento para precarização do serviço público, para a omissão ou retirada de direitos trabalhistas que afetam a dignidade da pessoa humana dos trabalhadores do serviço público capixaba”, disse o Sindipol em nota de apoio ao movimento dos policiais militares, reiterando que “a luta do movimento sindical capixaba é por melhores condições de trabalho, reajuste linear, pagamento do auxílio-alimentação, periculosidade e insalubridade. O que se espera do Governo Estadual é o reconhecimento da importância dos profissionais da segurança pública e demais servidores que atuam diariamente em defesa da sociedade capixaba.”

Greve ilegal

A pedido do Governo do Estado, a Justiça capixaba decretou como ilegal a greve dos policiais militares, que argumentam, em resposta, que estão impedidos de desempenhar seu trabalho por um movimento de familiares de policiais que bloqueiam o acesso dos batalhões no estado. Para o caso de descumprimento da ordem do fim do movimento, o Tribunal de Justiça fixou multa diária de R$ 100 mil às associações de policiais militares.

 

 

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