Pesquisar
,

Conselho de Segurança da ONU aprova novas sanções contra Coreia do Norte

As sanções restringem as exportações da Coreia do Norte em até 1 bilhão de dólares, e são consideradas "as mais duras já aplicadas" contra qualquer país.

por Pedro Marin | Revista Opera
(Foto: White House / Pete Souza)

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou neste sábado (5) novas sanções contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), que restringem as exportações de ferro, chumbo, carvão e produtos de pesca do país em até 1 bilhão de dólares.

As sanções foram aprovadas unanimemente por todos os 15 países-membro do Conselho de Segurança. Além das restrições às exportações, as sanções, propostas pelos EUA, também proíbem o aumento de trabalhadores norte-coreanos trabalhando em outros países, além de investimentos conjuntos entre o país e outros estados.

De acordo com a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, as sanções significam que Washington “está tomando e continuará a tomar medidas defensivas prudentes para proteger nossos aliados e nós.” Haley também solicitou aos outros países da organização que tomem “mais ações” contra o país.

Apesar do texto declarar a necessidade da retomada das negociações entre China, RPDC, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos, que de acordo com o documento vão no sentido da “desnuclearização da península coreana de maneira pacífica”, os diplomatas norte-americanos reforçaram que o texto aprovado trata do mais duro pacote de sanções aplicado contra qualquer país.

O representante russo na organização, Vasily Nebenzya, fez um chamado para que Pyongyang acabe com seu programa nuclear e de mísseis balísticos, retornando ao regime de não-proliferação. Por outro lado, criticou as ofensivas norte-americanas na região, dizendo que a RPDC vê o envio de militares e armas às suas fronteiras como uma “ameaça direta à sua segurança nacional.”

A China, por sua vez, solicitou mais uma vez a retirada do sistema anti-mísseis THAAD da Coreia do Sul. “O envio do sistema THAAD não trará nenhuma solução para a questão dos testes nucleares e de mísseis”, disse o embaixador chinês Liu Jieyi.

Continue lendo

Mural anti-imperialista pintado na Embaixada dos EUA em Teerã após a crise dos reféns. (Foto: Phillip Maiwald (Nikopol) / Wikimedia Commons)
Sanções como guerra civilizacional: o custo humanitário da pressão econômica dos EUA
Em diferentes contextos, líderes de extrema direita promovem um modelo de governança que algema o Estado de suas funções redistributivas, enquanto abre caminho para que o cripto-corporativismo baseado em IA opere livremente – às vezes até promovendo seu uso como política oficial do Estado. (Foto: Santiago Sito ON/OFF / Flickr)
Por que a extrema direita precisa da violência
Entre 1954 e 1975, as forças armadas dos Estados Unidos lançaram 7,5 milhões de toneladas de bombas sobre o Vietnã, o Laos e o Camboja, mais do que as 2 milhões de toneladas de bombas lançadas durante a Segunda Guerra Mundial em todos os campos de batalha. No Vietnã, os EUA lançaram 4,6 milhões de toneladas de bombas, inclusive durante campanhas de bombardeios indiscriminados e violentos, como a Operação Rolling Thunder (1965-1968) e a Operação Linebacker (1972). (Foto: Thuan Pham / Pexels)
O Vietnã comemora 50 anos do fim do período colonial

Leia também

São Paulo (SP), 11/09/2024 - 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo no Anhembi. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Ser pobre e leitor no Brasil: um manual prático para o livro barato
Brasília (DF), 12/02/2025 - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, durante cerimônia que celebra um ano do programa Nova Indústria Brasil e do lançamento da Missão 6: Tecnologias de Interesse para a Soberania e Defesa Nacionais, no Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O bestiário de José Múcio
O CEO da SpaceX, Elon Musk, durante reunião sobre exploração especial com oficiais da Força Aérea do Canadá, em 2019. (Foto: Defense Visual Information Distribution Service)
Fascista, futurista ou vigarista? As origens de Elon Musk
Três crianças empregadas como coolies em regime de escravidão moderna em Hong Kong, no final dos anos 1880. (Foto: Lai Afong / Wikimedia Commons)
Ratzel e o embrião da geopolítica: a “verdadeira China” e o futuro do mundo
Robert F. Williams recebe uma cópia do Livro Vermelho autografada por Mao Zedong, em 1 de outubro de 1966. (Foto: Meng Zhaorui / People's Literature Publishing House)
Ao centenário de Robert F. Williams, o negro armado
trump
O Brasil no labirinto de Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, com o ex-Conselheiro de Segurança Nacional e Secretário de Estado Henry Kissinger, em maio de 2017. (Foto: White House / Shealah Craighead)
Donald Trump e a inversão da estratégia de Kissinger
pera-5
O fantástico mundo de Jessé Souza: notas sobre uma caricatura do marxismo
Uma mulher rema no lago Erhai, na cidade de Dali, província de Yunnan, China, em novembro de 2004. (Foto: Greg / Flickr)
O lago Erhai: uma história da transformação ecológica da China
palestina_al_aqsa
Guerra e religião: a influência das profecias judaicas e islâmicas no conflito Israel-Palestina