O Ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, denunciou na última sexta-feira (22), que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) triplicou a presença militar nas fronteiras russas nos últimos cinco anos.
“Desde 2012, a força dos contigentes militares da OTAN nas fronteiras ocidentais da Rússia cresceram em três vezes. Quatro grupos táticos, no nível de batalhões, representam a brigada armada dos Estados Unidos estacionada nos [Países] Bálticos e na Polônia”, disse o ministro, que ressaltou que o número de tropas também cresceu, de 10 mil para 40 mil.
“Mais de 30 exercícios militares estão sendo feitos a cada ano nas fronteiras russas. Eles são baseados em um cenário de confrontação militar como nosso país”, disse Shoigu. “Nós acompanhamos cada exercícios da OTAN com cuidado e tomamos medidas de acordo com eles. Para responder as novas ameaças e manter o equilíbrio estratégico nós expandimos as áreas de patrulha da aviação e dos navios.”
As declarações, feitas durante reunião anual do Ministério da Defesa, ocorreram após o Departamento de Estado norte-americano ter anunciado a decisão de prover armas à Ucrânia, atualmente envolvida em uma guerra civil. O vice-Ministro da Relações Exteriores da Rússia, Grigory Karasin, disse que a medida encoraja aqueles que apoiam o conflito na Ucrânia a considerar o “cenário da força”.
O presidente ucraniano Petro Poroshenko disse por sua vez que “as armas norte-americanas nas mãos de soldados ucranianos não são para a ofensiva, mas para repelir o agressor com mais força.” O Ministério da Defesa russo considera que a decisão dos Estados Unidos “mais uma vez agride os Acordos de Minsk.”