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Palestina: EUA abrem embaixada em Jerusalém, 55 morrem em Gaza

Em Gaza, pelo menos 55 pessoas morreram e 1200 estão feridas por fogo das Forças de Defesa de Israel (IDF) em protestos contra a abertura de embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

Em Gaza, pelo menos 55 pessoas morreram e 1200 estão feridas por fogo das Forças de Defesa de Israel (IDF) em protestos contra a abertura de embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.
(Foto: The Israel Defense Forces)

Em Gaza, pelo menos 55 pessoas morreram e 1200 estão feridas por fogo das Forças de Defesa de Israel (IDF) em protestos contra a abertura de embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. A decisão foi tomada por Donald Trump ano passado, com ampla oposição internacional por violar acordos internacionais, ir contra as posições da ONU, da União Europeia e de igrejas cristãs que atuam na cidade.

Por volta de 40 mil palestinos se reuniram na linha de fronteira marcada por cercas de arames farpados. Publicistas ocidentais já lançam suas apologias dizendo que “o Hamás lançou essas pessoas contra as cercas”.

Jerusalém é vista por muitos como uma cidade internacional e, em vias de fato, Jerusalém Oriental pertence a raquítica Autoridade Palestina, servindo como capital do proto-Estado árabe. A reivindicação total e unilateral da cidade por parte de Israel é uma ofensiva que vai contra as disposições de criação de um Estado palestino.

A cidade já é ocupada e dividida por tropas israelenses, além de ser alvo de ocupações por colonos sionistas radicais, que expulsam e hostilizam habitantes palestinos.

Em Dezembro de 2017 a Assembleia Geral da ONU votou por uma resolução que solicita a reversão da decisão norte-americana. 128 países votaram a favor da resolução, que teve 35 abstenções e 9 votos contra.

O dia mais sangrento em Gaza desde 2014. Estamos no aniversário de Israel.

Isso a menos de 80KM de onde Ivanka Trump e Jared Kurshner estão cumprindo papel cerimonial, em Jerusalém. Em casa, Trump comemora o ato e seu secretário de imprensa, Raj Shah, diz que “Israel tem direito de se defender”.

Segundo o governo israelense, os disparos foram realizados para “impedir que o Hamas se aproveitasse das manifestações para penetrar as fronteiras”. O sangue simboliza as implicações da atual política dos Estados Unidos de dar carta branca para a direita israelense e Bibi Netanyahu. Como disse Ryan Crocker, ex-embaixador norte-americano para a região, o potencial para uma guerra muito maior se abre.

Os acontecimentos de hoje servem como presságio.

Erdogan, Primeiro-Ministro da Turquia, declarou: “Os Estados Unidos escolheram ser parte do problema, não parte da solução.”

Um dos dias mais baixos da história diplomática dos Estados Unidos, que conduz rituais de inauguração enquanto pessoas são mortas às dezenas. É um verdadeiro ritual de sacrifício macabro, batizando a inauguração da embaixada com sangue, uma oferta para Moloch e o Deus-Dinheiro.

Se na memória cultural de muitos ficou a imagem de uma certa potência comercial mediterrânea, com as elites adoradoras do luxo e do dinheiro realizando sacrifícios humanos, registro aqui que ademais sou da opinião de que Catargo deve ser destruída.

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Entre 1954 e 1975, as forças armadas dos Estados Unidos lançaram 7,5 milhões de toneladas de bombas sobre o Vietnã, o Laos e o Camboja, mais do que as 2 milhões de toneladas de bombas lançadas durante a Segunda Guerra Mundial em todos os campos de batalha. No Vietnã, os EUA lançaram 4,6 milhões de toneladas de bombas, inclusive durante campanhas de bombardeios indiscriminados e violentos, como a Operação Rolling Thunder (1965-1968) e a Operação Linebacker (1972). (Foto: Thuan Pham / Pexels)
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