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Assessor de Trump encontrará Bolsonaro para discutir Venezuela e Cuba

Para além de Cuba e Venezuela, o representante norte-americano e Bolsonaro discutirão formas de combater a influência política e econômica da China.

por Pedro Marin | Revista Opera*
(Foto: Michael Vadon)

O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, se encontrará com o presidente-eleito brasileiro Jair Bolsonaro na próxima semana, com o objetivo de discutir uma estratégia conjunta dos dois países para a Venezuela e Cuba. Para além das questões latino-americanas, a Casa Branca informou também que o representante norte-americano e Bolsonaro discutirão formas de combater a influência política e econômica da China.

“Ansioso para ver o novo presidente brasileiro Jair Bolsonaro no Rio no dia 29 de novembro. Nós temos muitos interesses bilaterais em comum, e vamos trabalhar de perto para expandir a liberdade e a prosperidade no Hemisfério Ocidental”, disse Bolton em seu Twitter.

O encontro entre Bolton e Bolsonaro ocorrerá na mesma semana em que Trump se encontra com líderes mundiais na Reunião do G20, que neste ano ocorre na Argentina.

A gestão de Bolton frente ao Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos representa um avanço contra Cuba, Venezuela e outros países não-alinhados da América Latina. Em um discurso recente, ele tratou dos líderes destes países – incluindo a Nicarágua – como “palhaços.”

“Esses tiranos se consideram homens fortes e revolucionários, ícones e eruditos. Na verdade são palhaços, figuras ridículas mais comparáveis a Larry, Curly e Moe. Os ‘três patetas’ do socialismo são crentes verdadeiros, mas crêem em um Deus falso”, disse, chamando os países de “Troika da Tirania” e declarando que os EUA “esperam ansiosamente para assistir à queda desses governos.”

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“Isso tem sido uma espécie de Santo Graal para a diplomacia regional norte-americana, que tem frustrado os legisladores dos EUA”, disse o ex-funcionário da administração George W. Bush, José Cárdenas. “O povo brasileiro sempre esteve positivamente inclinado aos EUA, mas seu Ministério de Relações Exteriores sempre viu as intenções dos EUA com desconfiança”, completou.

*Com informações de McClatchy

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