A verdade não só se conta, a verdade se milita.
Rodolfo Walsh
Fundada em São Paulo, no dia 11 de abril de 2012, a Revista Opera é…
POPULAR
Porque nosso trabalho é orientado pela máxima de Rodolfo Walsh, o prócere do jornalismo argentino que, após denunciar os desmandos da ditadura em seu país, no seu violento ofício de escrever achou no gatilho de fuzis sílabas que dessem conta da realidade que vivia: “a verdade não só se conta; se milita.” E ela não cabe em notícias e redações assépticas, afastadas dos interesses do povo brasileiro.
CONTRA-HEGEMÔNICA
Porque compreendemos o mundo do jornalismo, das ideias, dos discursos, como um campo de batalha. Se nesta guerra é certo que não temos um exército numeroso, poderoso, bem-armado, é também verdade que em pequenas escaramuças, armados da razão, da ousadia e da verdade, vamos aos poucos consolidando nossas próprias bases. Nossa produção é focada na análise política do Brasil, feita sempre sob as luzes do realismo político, e na cobertura e análise da política internacional. Entendemos que aos leitores, em uma época de conectividade global, não interessa ter uma torrente contínua de “fatos” em abstrato e desconexos. Queremos dar a nosso público as ferramentas para compreender o mundo, não uma descrição crua, que muda dia-a-dia, dele. Aos fatos é preciso fermento. Quanto à política internacional, entendemos que ela exerce enorme influência sobre a realidade nacional. Ainda assim, no Brasil o noticiário internacional é completamente fabricado por grandes agências de notícias em países centrais, e depois replicado acriticamente em nossos jornais que, moldando nossas visões sobre o mundo, moldam também nossas opiniões sobre o Brasil. Para as grandes redações brasileiras, basta repetir as grandes redações estrangeiras. Para nós, não.
INDEPENDENTE
Porque não somos nada senão o produto da vontade de fazer um jornalismo comprometido com a justiça, encontrado por leitores igualmente comprometidos. Não viemos de um meio privilegiado por conexões que nos favorecem. Não somos parte de nenhum circuito cultural, social ou político de ONGs, empresas ou políticos. Nenhum dos membros de nosso conselho editorial é também membro de partido.
1. Rejeitamos a ideia de "imparcialidade jornalística." Para nós essa ideia, já superada até mesmo nas escolas de jornalismo, busca somente mascarar as premissas ideológicas que orienta os jornais e sob as quais o jornalismo é feito. Desta maneira, tornamos público que nossa cobertura – seja a de caráter jornalístico, ou nossas colunas de opinião e artigos – é feita a partir de um ponto de vista de esquerda radical e anti-imperialista, com o fim de disputar as posições midiáticas hegemônicas e servir como representante de uma posição política na arena do debate público. Ainda assim, a Revista Opera tem como princípio a busca pela verdade e a precisão; nos interessa colocar os fatos em questão, não em cena. Somos por jornais de combate disputando o público leitor.
2. Estimulamos a diversidade de opiniões e a liberdade de nossos colaboradores – desde que submetida aos princípios editoriais gerais da Revista Opera. Desta maneira, a Opera não é ligada a nenhum partido ou organização, ainda que nossos colaboradores possam ser.
3. Somos comprometidos com a colaboração com outros veículos independentes. Dessa maneira, sempre estamos abertos, a depender da linha política, a parcerias.
4. Acreditamos que a um jornalismo de novo tipo compete também uma nova forma. Assim, somos entusiastas do novo jornalismo latino-americano, da crônica, do perfil, do artigo de profundidade. Em tempos de fragmentação da atenção e textos curtos, acreditamos também que não falta gente disposta a ler; faltam textos que disponham gente. Somos por um jornalismo que envolva o leitor na verdade extática, não um que o jogue em tubos de ensaio de "fatos".
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
PEDRO AUGUSTO MARIN - 0088924/SP