A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, disse na última quarta-feira (5), durante reunião do Conselho de Segurança da organização, que “os Estados Unidos estão preparados para usar todas as nossas capacidades para nos defender e defender nossos aliados”, acrescentando que “uma de nossas capacidades é a [do uso] de nossas forças militares consideráveis. Nós a usaremos, se necessário, mas preferimos não ter de seguir nesta direção.”
As declarações da representante norte-americana foram feitas após a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) realizar um teste de um míssil balístico intercontinental (ICBM), o que tornaria o país asiático o sexto país no mundo a ter esse tipo de armamento. Os ICBMs são mísseis balísticos que podem percorrer grandes distâncias, geralmente acima de 5,5 km, o que possibilitaria à RPDC atingir o estado do Alasca, por exemplo. O ICBM também daria à RPDC uma vantagem estratégica frente aos sistema antimísseis THAAD, instalado neste ano na Coreia do Sul.
“Nós olharemos a qualquer país que escolha fazer negócios com esse regime ilegal”, disse Haley, sugerindo expandir as sanções econômicas contra a RPDC por meio de uma nova resolução da ONU. A medida foi apoiada pela França.
China e Rússia condenaram o teste, mas disseram que a possibilidade militar deveria ser excluída. Os países propuseram que a RPDC cancele seus programas de mísseis e nuclear, e que os Estados Unidos e Coreia do Sul paralisem seus exercícios militares conjuntos e retirem o THAAD da Península Coreana.