OMinistério de Relações Exteriores da Venezuela rechaçou nesta terça-feira (2), por meio de comunicado, o que chama de “maquinações da direita extremista do sul do continente” para impedir que o país assuma a presidência pro tempore do Mercosul.
“Esta tríplice aliança, integrada pelos governos da Argentina, Brasil e Paraguai, pretende reeditar uma espécie de Operação Condor contra a Venezuela”, diz o comunicado. “Por trás deste plano estão os que sempre conspiraram contra a união sul-americana com o objetivo de impôr o Consenso de Washington, com a falsa convicção de que chegou o momento da Revolução Bolivariana desaparecer.”
Na última segunda-feira, o Uruguai deixou a presidência do bloco, e a Venezuela se autoproclamou em seu comando. No entanto, Brasil, Paraguai e Argentina reconhecem como vaga a presidência. “Essa Presidência inexiste. Não vamos participar de nenhuma convocação [da Venezuela]”, disse ontem o chanceler paraguaio Eladio Loizaga.
O ministro de Relações Exteriores do Brasil, José Serra, disse por sua vez que a decisão por parte do Uruguai de encerrar seu mandato “gera incerteza e impõe a necessidade de adoção de medidas pragmáticas.”
A Argentina, por sua vez, sugeriu uma reunião do bloco durante a abertura dos Jogos Olímpicos, na próxima sexta-feira.