Ao menos 14 pessoas morreram e 19 ficaram feridas após um bombardeio a um hospital do Médicos Sem Fronteiras (MSF) na província de Hajjah, no Iêmen, na última segunda-feira (15), informou a organização.
A Médicos Sem Fronteiras disse que havia informado as coordenadas GPS a todas as partes do conflito, e responsabilizou a coalizão liderada pela Arábia Saudita, que apoia o governo do Iêmen contra os rebeldes Houthi, pelo ataque.
“Esse é o quarto ataque contra uma instalação do MSF em menos de 12 meses”, disse a coordenadora do programa de emergência pro Iêmen do MSF, Teresa Sancristóval. “Mais uma vez, hoje nós vemos as consequências trágicas do bombardeio a um hospital. Mais uma vez, um hospital completamente funcional, cheio de pacientes e funcionários nacionais e internacionais do MSF foi bombardeado em uma guerra que não demonstrou respeito por unidades médicas ou pacientes.”
Desde que começou, em 2015, o conflito no Iêmen deixou mais de 6,4 mil pessoas mortas – das quais metade eram civis – e obrigou 2,5 milhões a imigrar, de acordo com a ONU.
De acordo com o MSF, o hospital bombardeado ontem já havia atendido mais de 4,6 mil pacientes desde julho de 2015, e tinha 23 pacientes em cirurgia e 13 recém-nascidos no momento do ataque.