O Departamento de Estado norte-americano disse ontem (6) que “condena fortemente” o lançamento de quatro mísseis balísticos por parte da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) no mar do Japão, dizendo que trata-se de uma atitude “inaceitável” e convocando uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
O lançamento dos mísseis, que de acordo com o exército sul-coreano caíram a cerca de 370km da costa do Japão, ocorreu em meio à visita do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe a Washington, que declarou que o ocorrido “demonstra claramente evidências de uma nova ameaça por parte da Coreia do Norte”.
O lançamento dos mísseis é visto como uma resposta aos exercícios militares conjuntos realizados pela Coreia do Sul e os Estados Unidos na região neste mês, que mobilizam centenas de milhares de tropas. No sábado o Ministério de Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia classificou os exercícios como um “movimento disfarçado” que tem como objetivo “levar a Península Coreana e o resto do Nordeste Asiático ao desastre nuclear”.
“Os exercícios de guerra nuclear dos Estados Unidos assumem uma natureza mais perigosa, uma vez que são encenados em um momento em que os EUA está recorrendo às piores sanções políticas e econômicas e pressão contra a RPDC”, disse em nota o Ministério de Relações Exteriores da RPDC.
Os exercícios desse ano envolverão pela primeira vez o uso do escudo antimísseis norte-americano THAAD, que deve ser instalado na Coreia do Sul no final do ano. A instalação do escudo é visto tanto pela RPDC como pela China como uma provocação.