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Os nadadores norte-americanos e a mentalidade colonial

Estando na América Latina, pensam que podem tudo, assim como os militares ianques que, de passagem por Havana, urinaram na estátua do herói José Martí.
por Érico Bonfim | Revista Opera – (Foto: Chan-Fan/Wikicommons)
(Foto: Chan-Fan/Wikicommons)

Alguns cidadãos estadunidenses mimetizam o comportamento colonial militar da super-potência. Guardando as devidas proporções, esse é seguramente o caso dos nadadores olímpicos que protagonizaram o recente vexame no Rio de Janeiro. De uma certa forma, representam muito bem os Estados Unidos.

Embriagados, fizeram algazarra num posto de gasolina, gritaram, chutaram a porta e depredaram o banheiro, arrumaram briga com os seguranças e ainda fizeram falsa ocorrência, inventando um assalto a mão armada. Ainda se fizeram de vítimas para sair da saia justa e se eximir da própria responsabilidade.

Está aí uma manifestação muito superficial de um comportamento colonial de dominação. Estando na América Latina, pensam que podem tudo, assim como os militares ianques que, de passagem por Havana, urinaram na estátua do herói nacional José Martí, muito antes da revolução. Naquela época, podiam.

É uma pena o que aconteceu com esses atletas estadunidenses. Bom teria sido se tivessem fraturado nariz, costelas e saíssem do episódio completamente engessados de forma que passassem meses sem entrar numa piscina – não como punição pela algazarra (o que seria uma punição cruel e indevida), mas como simples consequência da briga que eles mesmos arrumaram. Talvez, assim, aprendessem a se comportar na América Latina e a respeitá-la.

Esse tipo de episódio também pode ser bastante didático para que aqueles que se deliciam lambendo as botas de americanos se sintam humilhados ao ver como essas botas pisam na nossa casa.

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