Para tentar enfim votar a Reforma da Previdência, o governo apresentou nesta quarta-feira (7) um novo texto da proposta, redigido pelo relator da PEC, Arthur Maia (PPS) e apresentado pelo líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP), que declarou que a matéria será votada no dia 28 de fevereiro.
Mais tarde, o presidente da Câmara e relator da PEC, Arthur Maia, disse que a previsão da votação está mantida para o próximo dia 20. “Não tem nenhuma decisão de mudar a data. Claro que a data do dia 20 precisa ser muito bem trabalhada. Acho bom manter a data do dia 20 para que os esforços que estão sendo construídos tenham sucesso. Toda vez que adia a data, em vez de estar gerando pressão para conquista de votos, atrasa a mobilização”, disse Maia, que declarou que não colocará a reforma em votação sem garantia dos votos.
O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, também reconheceu a possibilidade do texto ser engavetado. “Essa matéria, seria uma irresponsabilidade, o país se submeter, num momento como este, em que tivemos um downgrade de rating brasileiro, exatamente em função dessa perspectiva. O mercado teve essa percepção antecipadamente. Seria um atentado ao Estado brasileiro colocar uma matéria sabendo que não aprovará. Por isso, vamos fazer todo o esforço”, disse.
Alterações magras
De qualquer maneira, as alterações do novo texto em relação ao último foram pequenas. Foram essencialmente duas: um artigo que garante a integralidade da pensão para policial morto em serviço (que contempla somente policiais federais, rodoviários federais, civis e legislativos), e que teve como objetivo atrair cerca de 20 votos da chamada “Bancada da Bala”, e a retirada da proposta de qualquer alteração que envolva trabalhadores rurais.
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