A Assembleia Geral das Nações Unidas votou majoritariamente a favor, nesta quinta-feira (21), de uma resolução que solicita ao governo dos Estados Unidos que reverta sua decisão de reconhecer Jerusalém como a capital israelense.
128 países votaram a favor da resolução, que teve 35 abstenções e 9 votos contra. “Nós continuaremos nossos esforços nas Nações Unidas e em todos os fóruns internacionais para pôr fim a essa ocupação e estabelecer nosso Estado Palestino com Jerusalém como sua capital”, disse o porta-voz do governo palestino, Nabil Abu Rudainah, que considerou a votação uma “vitória.”
Apesar da votação, a representante dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, disse que qualquer decisão feita pela Assembleia Geral não influenciará a decisão de Washington no que concerne ao reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel.
O enviado de Israel à ONU, Danny Danon, acusou a ONU de ter “dois pesos e duas medidas.” “Aqueles que apoiam a resolução de hoje são como marionetes. Vocês são marionetes controladas pelos fios dos palestinos”, desafiou Danon.
O resultado foi alcançado apesar das intimidações e ameaças norte-americanas. Trump havia sugerido que os países que votassem a favor da resolução perderiam dinheiro. “Nós economizaremos muito. Nós não nos importamos. Mas hoje não é como costumava ser, quando eles podiam votar contra você e você pagava a eles centenas de milhões de dólares… não tomarão mais vantagem de nós”, disse Trump.
A ameaça de Trump foi respondida pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que disse que o presidente norte-americano “não pode comprar a vontade democrática da Turquia.”