O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, na última quarta-feira (30), novas sanções contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), que devem afetar a exportação de carvão do país em cerca de 60%.
A medida, que foi aprovada por unanimidade, visa limitar as exportações de carvão do país para um máximo de 7.5 milhões de toneladas ou 400.9 milhões de dólares – atualmente, a exportação de carvão garante à RPDC mais de 1 bilhão de dólares ao ano – e foi adotada em resposta ao teste nuclear realizado pelo país em setembro.
“O Conselho de Segurança tomou hoje uma ação contundente perante um dos desafios mais duráveis e inquietantes para a paz e a segurança”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, o sul-coreano Ban Ki-moon, que elogiou também a “unidade” dos 15 integrantes do orgão.
[button color=”” size=”” type=”square” target=”_blank” link=”http://revistaopera.operamundi.uol.com.br/2016/09/11/coreia-do-norte-e-a-hipocrisia-nuclear/”] Leia mais: Coreia do Norte e a hipocrisia nuclear[/button]
“Nenhuma resolução [adotada] em Nova York conseguirá, amanhã, persuadir Pyongyang a cessar sua busca incessante por armas nucleares. Mas essa resolução impõe custos sem precedentes para o regime da RPDC por desafiar as demandas do Conselho”, declarou a Embaixadora dos EUA para a ONU, Samantha Power, que disse que a resolução garantirá um corte de 800 milhões por ano para a RPDC.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da RPDC, por sua vez, disse que as sanções não impedirão o país de seguir com seu programa nuclear. “Obama e seus lacaios infelizmente estão enganados se calculam que eles podem forçar a RPDC a abandonar sua linha de se armar nuclearmente e prejudicar seu status de poder nuclear por meio de sanções para nos pressionar”, disse o representante norte-coreano.